EDUCAÇÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM SURDEZ.
- Atendimento
Educacional Especializado em Construção-
Silva, Madalena
Maria.
Icapuí, 09
de Março de 2014.
A proposta
inclusiva, ou o modo de fazer pedagógico com os educandos com surdez nas
escolas comuns, deve ser voltada para a Tendência por meio do bilinguismo, em
um espaço favorável onde seja desenvolvida a Língua brasileira de Sinais e a
Língua Portuguesa, sendo executado na sala Multifuncional, o qual recebe o
nome de AEE, com sua relevância no dinamismo pedagógico por se destacar em três momentos, os quais são
denominados de: Momento do Atendimento
Educacional Especializado na Escola Comum. Ou seja, o trabalho que é
realizado todos os dia com alunos com surdez que estão em sala comum, e é executado
preferencialmente por professor surdo, onde todos os conhecimentos dos diferentes
conteúdos curriculares são explicados em Língua de Sinais e Língua
Portuguesa, sempre no contra turno do horário que o educando estuda. Já o Momento do Atendimento Educacional
Especializado Para o Ensino de Libras na Escola Comum, "Os alunos
com surdez terão aula de Libras , favorecendo o conhecimento e a aquisição,
principalmente de termos científicos" , seu planejamento deve se dá a
partir do diagnóstico do conhecimento que o aprendiz tem sobre a Língua de
Sinais e quem pode ministrar é um professor ou um instrutor de Libras. Por
último temos o Momento do Atendimento
Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa, a qual tem
como foco trabalhar as especificidades dessa Língua para as pessoas com
surdez.
E
conforme o Decreto 5.626, de 5 de
Dezembro de 2005, “As pessoas com surdez tem direito a uma educação que
garanta a sua formação, em que a Língua Brasileira de Sinais
e a Língua Portuguesa, preferencialmente na modalidade escrita, constituam línguas
de instrução, e que o acesso as duas ocorra de forma simultânea no ambiente
escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo. A
proposta da educação bilíngue pauta a organização da pratica pedagógica na
escola comum, na sala de aula comum e no AEE”. Isso mostra que mesmo que a surdez
seja um fator “limitante em partes”, sempre é possível aprender, conviver,
troca experiências, construir relações e ambientes propicio a socializações
e/ou interações. Dessa maneira uma pessoa com surdez não pode ser vista como
um deficiente uma vez que a mesma não é incapaz de aprender. Ela tem perda
sensorial auditiva que a limita biologicamente para essa função perceptiva.
Por outro lado, há toda uma potencialidade do corpo biológico e da mente
humana, tornando essa pessoa como ser capaz, um ser de consciência, de
pensamento e linguagem. O fato de apresentar perda auditiva não a impede de
aprender diferentes conceitos educacionais. DAMÁZIO (2007) Discorre que as
praticas pedagógicas utilizadas hoje na escola regular constitui o maior
problema na escolarização das pessoas com surdez. Para tanto se torna
urgente, repensar essas práticas para que os alunos com surdez, não acreditem
que suas dificuldades para o domínio da leitura e da escrita são advindas dos
“limites” que a surdez lhes impõe, mas principalmente pelas metodologias
adotadas para ensiná-los.
Neste
sentido, é necessário fazer uma ação-reflexão-ação permanente a cerca de que,
as pessoas com surdez não podem ser reduzidas ao chamado mudo surdo, como uma
identidade e uma cultura surda. É no descentramento identitário que podemos
conceber cada pessoa com surdez como um ser biopsicossocial, cognitivo,
cultural, não somente na constituição de sua subjetividade, mas também na
forma de aquisição e produção de conhecimento, capazes de adquirirem e
desenvolverem não somente os processos visuais e gestuais, mas também de
leitura e escrita, e de fala se desejarem.
E na
perspectiva inclusiva pensar e construir uma prática pedagógica que assuma a
abordagem bilíngue e se volte para o desenvolvimento das potencialidades das
pessoas com surdez na escola é fazer com que esta instituição esteja
preparada para compreender cada pessoa em suas potencialidades,
singularidades e diferenças e em seus contextos de vida. Na abordagem de
Libra e Língua Portuguesa, suas variantes de uso padrão, quando ensinadas no
âmbito escolar, são deslocadas de seus lugares especificamente linguísticos e
deve ser tomada em seus componentes histórico-cultural, textual e pragmático,
além de seus aspectos formais, envolvendo a fonologia, morfologia, sintaxe,
léxica e semântica. Para que isso ocorra, não se discute o bilinguismo com
olhar fronteiriço ou territorializado, pois a pessoa com surdez não é
estrangeira em seu próprio país, embora possa ser usuária de Libras, um
sistema linguístico com características e status próprios.
Uma vez
que para os autores (DAMÁZIO e FERREIRA, 2007), o fracasso escolar não está
nessa ou naquela língua, mas também na eficácia das práticas
pedagógicas.
Deste modo
o AEE (Atendimento Educacional Especializado) deve ser visto como uma
construção e uma reconstrução de experiências e vivências conceituais em que
o conhecimento precisa ser compreendido como uma teia de relações, nas quais
as informações se processam como instrumento de interlocução e diálogo. Este
atendimento oferece o acesso dos alunos com surdez e demais “limitações” ao
conhecimento escolar em duas línguas: em Libras e em Língua Portuguesa, a
participação ativa nas aulas e o desenvolvimento do seu potencial cognitivo,
afetivo, social e linguístico com os demais colegas da escola comum. O
objetivo desse atendimento é desenvolver a competência linguística, bem como
textual, dos alunos que com surdez, ou outros déficit possam superá-los e que
os mesmo sejam capazes de lerem e escreverem em Língua Portuguesa e
desenvolverem outras habilidades. (ALVES,DAMÁZIO,2010).
REFERÊNCIAS
DAMÁZIO,
Mirlene Ferreira Macedo. Educação Escolar Inclusiva das Pessoas com Surdez na
Escola Comum: Questões pólêmicas e Avanços Contemporâneos. In: II Seminário
Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, 2005, Brasília, Anais... Brasília:
MEC,SEESP,2005.
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domingo, 9 de março de 2014
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